Agosto encontro de duas forças
Mês de Agosto o encontro de duas grandes forças de Umbanda, Iemanjá e Omolu
Homenagem
a Iemanjá e a Omolu - Iemanjá
Iemanjá
Era o fim de tarde
de verão.
O céu estava claro
e o sol enviava seus últimos raios, banhando as águas límpidas e mornais; na
areia, agora coberta de sombras, encontrava-se o repouso convidativo; no ar
sente-se o aroma da natureza.
Na praia semideserta,
um homem vestido de branco, descalço, caminhava a passos lentos, porém, firmes.
Notava-se a seriedade que o envolvia, o olhas fixo nas águas do mar, como se
algo estivesse buscando.
De repente parou e
retirou do pescoço uma guia, na qual as cores branca e azul e alternavam;
fazendo uma ligeira reverência, caminhou para o mar, com a água lhe chegando
até a cintura.
Olhando para o céu,
já agora não tão claro quanto antes, permanência imóvel, dando a perceber que
seus pensamentos estavam voltados para o astral; curvou-se lentamente e deixou
que a guia fosse envolvida pela espuma branca.
Nesse momento,
sentiu um tremor, todo o seu corpo vibrou, como se um raio o tivesse atingido.
A água torna-se
revoltas, cânticos dos mais suaves começaram a ser entoados, odores
agradabilíssimos inundaram o ambiente; e eis que surge sobre as ondas uma
figura onipotente:
Iemanjá, Rainha do Mar!
A emoção tomou
conta do filho; suas preces haviam sido atendidas e, por mais que quisesse
dizer alguma coisa, não conseguia falar. Apenas, com muita dificuldade, entre
os lábios trêmulos, murmurou: Minha mãe!
Momentos depois,
quando voltou a si, encontra-se deitado na areia, com a guia em torno do
pescoço.
Levantando-se,
pôs-se a caminhar e, no silencia daquela praia, tinha um só pensamento:
Eu vi à Rainha do Mar” Eu vi Mamãe Iemanjá!
Odoyá/Odocyabá
minha mãe.
Omolu
Na imensidão daquele
ambiente, onde o silêncio, a paz e a tranquilidade predominam, é que percebemos
quão verdadeira é a vida espiritual: é a
Calunga Pequena, Reino de Omolu!
Lá verificamos que
nada valem a inveja, a maledicência, o orgulho, a vaidade, enfim todas as fraquezas
da matéria.
Naquela morada,
onde todo nós um dia iremos habitar, é que sentimos a força de OMOLU, o Orixá da Saúde, quer material,
quer espiritual.
Injustiçado por muitos que o consideram o Deus
da Peste, responde a todos com a sua vibração poderosíssima, protegendo os
doentes, as Casas de Saúde e os Hospitais; dando intuição aos Médicos;
restituindo a saúde, caso ainda não seja o momento de nossa passagem pois,
quando este chega, mais uma vez ele nos ampara, justamente com Nanã,
auxiliando-nos a obter certo equilíbrio no Plano Espiritual.
A vós, Omolu,
Comandante Supremo da calunga pequena, dirigente de uma das Linhas de Umbanda e
cuja orientação trabalha a Falange das Almas, prestamos a nossa homenagem,
pedindo muita energia para nós e para nossos irmãos, e que todos possam entender a vossa verdadeira grandiosidade.
ATOTÔ, Meu Senhor!
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